Imensos. E vendem de tudo: fichas triplas, DVDs, vassouras, carregamentos para o telemóvel, batiks, esculturas em madeira. Vendem rebuçados, frutas e flores. Correm atrás de nós para tentar vender, pedem esmola. Estacionam carros, limpam pára-brisas. Sentam-se nas esquinas a pedir e a vender. Hoje parámos junto de um grande estendal de batiks e vieram logo 4 homens a correr na nossa direcção. Que técnica de venda… Em vez de comprarmos quase fugimos!
Aqui há de facto muita gente. Gente à espera do chapa, dentro do chapa, a pé nas ruas, de carro nas estradas. Os garotinhos brincam nos esgotos que circundam a rotunda grande onde passamos todos os dias (não me lembro do nome); brincam e tomam banho naquela imundice! Um dia destes vimos um homem na beira da estrada entre Maputo e a Matola acocorado a fazer as suas necessidades (sólidas…). Às vezes vêem-se pobres a remexer no lixo que voa para a rotunda.
Mas Maputo não é só isto. Nota-se que já foi uma grande cidade, moderna e bela. Está maltratada pelo tempo, não tanto pelas pessoas. Por essas foi apenas negligenciada. Os passeios e as estradas estão esburacados, e nestes dias de chuva algumas zonas ficam caóticas. A tinta das paredes dos prédios está escura e descascada. Mas ainda existem edifícios bem tratados, como o Hotel Polana (onde fomos hoje), e locais de lazer bem bonitos e coloridos, como o Jardim dos Namorados. A vista sobre a baía é também muito bonita. Maputo conserva, na minha opinião, “qualquer coisa”… Aquela beleza africana duma cidade um tanto esquecida mas bem viva, poeirenta de terra avermelhada…! :)
Parabéns para ti, hoje! Quem me dera estar contigo.